''Acorda, sê e vê ... Tudo é tão simples''

quarta-feira, 17 de março de 2010





ANEDOTA.

No alto daquela árvore
Certo dia, subi e adormeci.
Acordei no meio da noite.

Vi sonâmbulos e mágicos.
(talvez magias e fadas madrinhas!).
Vi pessoas fumando e chorando

Vi pessoas chorando e fumando.
Vi pessoas sorrindo e fumando.
Vi pessoas fumando e sorrindo.

Vi pessoas bêbadas.
Vi pessoas bebendo.
Vi pessoas embebedando outras pessoas.

Vi um sapo cor-de-rosa.
Vi uma rosa cor de sapo.
Vi uma laranja sozinha na rua.

Vi uma senhora,
Que tinha um pequeno gato.
E ele era cor de limão.
Sorria e acenava para os bêbados

E os bêbados bateram na velhinha.
Tiraram toda a roupa dela
E roubaram seu gato cor de limão.

Vi a Branca de Neve!
Mas ela preta e suja de barro.
Uma versão da história que ninguém contou.

Vi um príncipe encantado.
Que havia se apaixonado
Por um sapo cor-de-rosa

Aquele sapo que eu vi.
O sapo pediu à fada madrinha
(aquela que eu vi)
Que o transformasse num sapo verde.

Os demais sapos
Todos coloridos,
Ficaram com inveja da cor do príncipe.

Todos eles pediram à fada madrinha
Que os transformasse em sapos verdes.
(Apenas um sapo quis ser príncipe... Daí a lenda.).

Todos os sapos eram então, verdes.
E o sapo cor-de-rosa
(a quem o príncipe daria seu amor),
Ficou profundamente triste

Pois perdera o seu sapo verde
De vista, e agora estava só.
Então pediu à fada madrinha
Que o matasse,
Pois não suportaria viver sem seu único
(e perdido) sapo verde.

(Foi aí que todos os sapos ficaram verdes. Porque antes eles eram da cor do arco.).

Depois de tudo isso,
A fada madrinha, muito estressada,
Suicidou-se.
Bem perto da árvore que eu estava.

Vi os bêbados com o gato cor de limão.
O único gato cor de limão!

Eles pegaram suas bebidas
E espremeram um pouco do gato
Na bebida de cada um.

Aí o gato ficou marrom de desgosto.
E foi-se procurar a velhinha
Que tinha morrido de vergonha.

O gato, ao ver a velhinha,
Arrancou de uma roseira
A única rosa cor de sapo

Que havia.
E jogou-a sobre a velhinha
Que morrera de vergonha.

Quando amanheceu,
Não vi mais nada
Afinal,

Era agora que o mundo começava.

Saí de cima da árvore,
E quando olhei para o chão...
Vi a varinha da fada madrinha!

Deixei-a lá.
Pois, quem saberá,
O que pode acontecer
Nesta noite que vem?

Indo pra casa,
Vi uma laranja só
Que pulou em minhas mãos.

E descascou-se para mim.

-Obrigada! Disse ela.

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