''Acorda, sê e vê ... Tudo é tão simples''

domingo, 25 de abril de 2010

Despedida



Tirei as amarras
Cortei as cordas
Mas tristemente te amo.
Queria-te perto
Mas nem tão perto assim.
Queria-te para o amor lírico
E não para o ódio orgulhoso.
Dentro de mim,
Tudo permanece meu.
E o teu olhar me cegou por vezes
E as tuas mãos me calaram.
Agora eu quero uma canção só minha
Sem nenhuma espera
Sem nenhum temor.
Pudesses ficar ao meu lado
Sem essa tua necessidade de controle
E falsa segurança...
Eu ouço o silêncio da tua ausência
E até ela murmura: ‘’está presa’’.
A tua voz de noite
Sussurra-me um sonho triste
E a tua alma
Vem pensar nos meus pesadelos.
Tu estás vivo, e já morreste
Tu queres perto, e estás distante.
O teu cadáver deita ao meu lado
E conversamos sobre coisas da vida
O teu cadáver ama-me apaticamente.
E a tua alma senta no meu colo à noite
Ela chora feito criança faminta
Ela tem medo de me deixar.
Tua vida se prende à minha
E não sei mais desatar o nó.
O meu reflexo no vidro
Carrega duas crianças pelas mãos
Uma é teu cadáver
E outra é tua alma.
E me vejo grávida, com lágrimas nos olhos
Grávida da tua vida.
Que nunca darei à luz.
E sigo muda, pelas ruas imundas e vazias.
O meu amor não tem mais cor.
O teu amor não mais me basta.

quinta-feira, 22 de abril de 2010

Por aí...



Estou por aí
Dizendo amar
Tentando não sentir nada.
Estou por aí
Chorando em algum canto sujo
Tentando parecer limpa.

Eu tento fazer com que você perceba
Que eu não vou mudar
Preciso que você me deixe ir
Preciso que você me deixe em paz.

Quando você diz ‘’eu te amo’’
Eu realmente fico feliz
Mas não me peça pra sorrir
Justo agora que me sinto ferida.

O passado só ajuda
Faz com que doa mais.
Eu não procuro nada
As coisas simplesmente estão ali.

Todas as pessoas do mundo
Estão apaixonadas.
Todas as pessoas do mundo
Um dia querem morrer.

Eu tento não admitir
Eu tento não deixar transparecer
Mas eu queria muito que você morresse.
Eu queria muito morrer.

Você está longe de mim
E quando eu ler isso de novo
Vou ter ódio de mim
Por pensar em você assim.

Não quero alimentar nada
Nem correr atrás do vento
Sinto minhas mãos atadas
E aplaudo meu tormento.

Não quero morrer por alguém
Que nunca acha ser suficiente.
Não quero me sacrificar
Não quero me esconder pelos cantos.

É só uma questão de tempo
Eu sei.
Vai acabar.
Mas a dor que eu sinto
Vai ficar aqui pra sempre.

sexta-feira, 16 de abril de 2010

Tempo



O mesmo amor,
Dentro de dois distintos corações.
Mas é um amor pobre.
Um amor que vai morrer tão cedo,
Sem nenhum motivo
Ou indício de que foi proveitoso.

E depois,
O sol vai se pôr.
E talvez,
Nós choraremos por qualquer infanticídio.
Ou não.

quinta-feira, 15 de abril de 2010

Inquietude




Eu não sou mais uma criança
Não posso mais correr para a cama da minha mãe,
Alegando estar com medo.
O que eu posso fazer agora?
Já que gritar não posso...
Chorar já não posso...
Resta-me morrer nesta cama
Junto com todas as minhas esperas inúteis.

quarta-feira, 7 de abril de 2010

Uma música?




Mariane -Legião Urbana

I've been working all day
I've been thinking a lot
I've been doing some things
That are not quite right
I've been thinking about you
I've been thinking about you
When will you return?

I've been working all day
I've been thinking a lot
I've been lost in the morning
I don't know what it costs
Will you find me there?

And I guess it's just a phase
I don't know where I'm going
And I guess it's just a phase
I don't know where I'm going
And I guess it's just a phase
I don't know where I'm going
And I guess it's just a phase
I don't know where I'm going

I've been working all day
I've been thinking a lot
I've been lost in the morning
I don't know what it costs
I don't think about you
I will be able to do
Will you let me be?

And I don't know where I'm going
I guess it's just a phase
And I don't know where I'm going
I guess it's just a phase

And I don't know where I'm going
I guess it's just a phase
And I don't know where I'm going
I guess it's just a phase